sexta-feira, 22 de abril de 2011

Poemas Infantis - Cecília Meireles

Leilão de Jardim

Quem me compra um jardim 
com flores?

Borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis 
nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)

Cecília Meireles




TANTA TINTA

Ah! menina tonta,
toda suja de tinta
mal o sol desponta!

(Sentou-se na ponte,
muito desatenta...
E agora se espanta:
Quem é que a ponte pinta
com tanta tinta?...)

A ponte aponta
e se desaponta,
A tontinha tenta
limpar a tinta,
ponto por ponto
e pinta por pinta...

Ah! a menina tonta!
Não viu a tinta da ponte!

Cecília Meireles




Bolhas

Olha a bolha d’água
no galho!
Olha o orvalho!
Olha a bolha de vinho
Na rolha!
Olha a bolha!
Olha a bolha na mão
que trabalha!
Olha a bolha de sabão
na ponta da palha:
brilha, espelha
e se espalha.
Olha a bolha!
Olha a bolha
que molha a mão do menino:
A bolha da chuva da calha!

Cecília Meireles



OU ISTO OU AQUILO

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.


Cecília Meireles
 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Coisinhas Especiais

Partilho com vocês algumas "Coisinhas" as quais considero muito Especiais. Lembranças e presentes de Amigos que amo.

A seguir vocês conhecerão o vídeo de uma música que  tornou-se  inesquecível pra mim.

 A canção é da autoria do Caetano Veloso, tem por título Leãozinho.
Foi justamente ao som dessa singela canção,  na madrugada do dia 21 de abril de 2011, que,  Eu e o Bernardo,  selamos nossa amizade. Nos tornarmos ainda mais AMIGOS. Quem diria que eu e  Mocinho marrento nos daríamos tão bem. (risos).
Ei... Psiu... Bernardo, obrigada pelo carinho e atenção. Leãozinho lindo. :)


Gosto muito de te ver, Leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, Leãozinho.
(...)

domingo, 17 de abril de 2011

Desenhos para colorir - Brinquedos

Bonecas e Bonecos












Fonte: Blog Ateliê Coloriz

Desenhos para colorir - Princesas


 Alice no País das Maravilhas









Vídeos

























Espero que gostem das sugestões, pois foram escolhidas com muito carinho.
Cheirinhos :)

Frases, pensamentos e reflexões

 


"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.''
Paulo Freire



"A construção do conhecimento se faz através do diálogo"
Paulo Freire




"Se aprende com as diferenças e não com as igualdades"
Paulo Freire



"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
Paulo Freire



"A leitura do mundo precede a leitura das palavras".
Paulo Freire



Mudar é dificil mas é possivel.
Paulo Freire



''Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes."
Paulo Freire



“Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”
Paulo Freire







                                              Preciso de Alguém

“ Que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.
Preciso de alguém, que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado;
alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir,
mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.

Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia,
nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: A Amizade.
Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu
perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida.
Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades.

Preciso de um Amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias,
nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo:
'Nós ainda vamos rir muito disso tudo', e ria muito.
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meu Amigo.
E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira,
a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela. 

Cris Passinato 

Poemas Infantis - Vinícius de Moraes

As borboletas


Brancas

Azuis

Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.


Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então...
Oh, que escuridão!




Vinícius de Moraes






O elefantinho

Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?

– Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!




Vinícius de Moraes







O pato


Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o Pato
Para ver o que é que há.
O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.

Vinícius  de Moraes



A foca

Quer ver a foca
Ficar feliz?
É por uma bola
No seu nariz.

Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha.

Quer ver a foca
Fazer uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga!

Vinícius de Moraes






A casa

Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque a casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero.




Vinícius de Moraes